Qual é a origem da fortuna de Trump?
Magnata do setor imobilário, hoje presidente eleito dos Estados Unidos, herdou seu império do pai, mas também fez investimentos próprios, ousados e polêmicos
Milionário e ex-apresentador de um reality show, Donald Trump — eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (10) — sempre gostou de falar sobre dinheiro.
A simpatizantes, ele costuma vangloriar-se do tamanho de seu patrimônio e de sua habilidade para fechar negócios.
Segundo a revista americana Forbes, o patrimônio de Trump em setembro de 2016 girava em torno de US$ 3,7 bilhões — tendo diminuído US$ 800 milhões no último ano. Já a agência de informações financeiras Bloomberg, por sua vez, estima a riqueza dele em US$ 3 bilhões.
Mas Trump diz ter "muito mais". O empresário calcula que sua fortuna gira em cerca de US$ 10 bilhões, mas a cifra é questionável — Trump culpa a "terrível e desonesta" mídia por subestimar o valor de seu patrimônio.
De qualquer, forma, não há dúvidas de que o império Trump seja expressivo. A maneira como ele foi construído, no entanto, é motivo de polêmica.
Herança graúda
Trump herdou do pai a fortuna e o estilo de negociação pelo qual ganhou notoriedade.
Fred Trump fez fortuna no ramo da construção civil, erguendo prédios nos bairros do Brooklyn e do Queens, em Nova York.
O pai de Trump era conhecido pela boa qualidade de seus edifícios, muitos dos quais ainda estão de pé, e também por sua austeridade.
Não raro, Fred costumava terminar as obras por um valor abaixo ao do orçamento financiado pelo governo. Sendo assim, embolsava a diferença, prática que, apesar de legal, acabou levando-o a prestar depoimento a um comitê do Congresso americano.
"Fred Trump sempre buscava vantagens fiscais inexploradas", disse Gwenda Blair, autora do livro The Trumps, uma biografia da família do empresário.
Trump fez investimentos ousados e passou a investir na sua marca.
Já Donald diz que foi sua a decisão de dar novo rumo ao negócio do pai. Antes focado na construção de prédios de baixo custo, com o filho, a empresa passou a se dedicar a erguer torres de luxo em Manhattan.
Gwenda diz, no entanto, que a mudança de estratégia coube a Fred, não a Donald.
"Donald Trump enriqueceu com o dinheiro do pai. Ele precisa do pai como seu fiador e contou com as amizades dele na política e no setor bancário", diz a autora.
FONTE: r7.com