5 batalhas vencidas por generais que desobedeceram ordens superiores
1. Batalha de Copenhague – Guerras Napoleônicas (1801)
O marinheiro britânico Horatio Nelson foi um dos mais proeminentes de sua geração. Além de motivar seus subordinados com maestria, ele não baixava a cabeça para seus superiores. Isso o fez ganhar batalhas críticas, como a de Copenhague, em 1801. Nesse caso, o almirante Hyde Parker mandou os navios mais leves na linha de frente, por conta das águas rasas às margens da Dinamarca. Entre eles estava o navio de Nelson.
Ao achar que as coisas não estavam indo muito bem, Parker mandou esses navios voltarem. Nelson, que era cego de um olho, ignorou a mensagens visuais dizendo que não as enxergara. É daí que vem a expressão “fechar os olhos” quando estamos vendo algo óbvio em nossas frentes. Com o sucesso do ataque de Nelson, uma trégua entre os britânicos e os dinamarqueses foi assinada.
2. Batalha de Tannenberg – Primeira Guerra Mundial (1914)
O general Hermann von François conseguiu a vitória alemã nesta batalha contra os russos depois de desobedecer inúmeras ordens superiores. Ele tinha recebido orientações para atacar imediatamente, mas sabia que aquilo seria suicídio, afinal, seu exército estava em menor número.
Ele também sabia que os russos ainda não estavam planejando nenhum ataque, por isso François acreditou que pudesse esperar sua ajuda chegar antes de agir. Isso foi contra inúmeras ordens de ataque de seus superiores, que sabiam do que acontecia no exército inimigo.
Quando estava com todo seu potencial, François resolveu atacar os russos. A espera foi importantíssima para o sucesso da ação, mesmo que no meio dela tenha existido uma ordem para retirada. De novo, ele resolveu ir em frente e venceu a batalha com a rendição de vários inimigos.
3. Batalha de Cowpens – Guerra da Independência dos Estados Unidos (1781)
Daniel Morgan estava levando suas tropas para o sul quando seu comandante, o general Nathaniel Greene, ordenou que ele fosse mais contido em suas movimentações. No seu caminho, estava o tenente-coronel britânico Banastre Tarleton, conhecido como o “Sangrento Tarlenton”, por ser extremamente agressivo em suas investidas.
Morgan sentiu que poderia vencê-lo e desobedeceu ao general Greene. Ele criou uma armadilha na qual o exército de Tarleton caiu em cheio. Poucos soldados britânicos sobreviveram, entre eles o próprio Tarleton, e isso foi importantíssimo para os rumos dessa guerra, que culminou com a independência dos Estados Unidos.
4. Campanha da Sicília – Segunda Guerra Mundial (1942)
Quando o general George Patton entre no confronto, as forças norte-americanas melhoraram muito sua participação na Segunda Guerra Mundial. Isso levou os Aliados à vitória contra os alemães no norte da África, mas o general britânico Harold Alexander, o comandante-geral da operação, não estava muito convencido desse sucesso. Tanto que ele só atribuía tarefas menores ao pessoal dos EUA.
Patton era conhecido por seu temperamento forte, por isso os exércitos norte-americanos estranharam sua condescendência ao aceitar as tarefas menos importantes na invasão à Sicília. Porém, ele desobedeceu às ordens britânicas e conseguiu tomar a cidade de Palermo. Isso era para ser uma vitória britânica, mas Patton não deu bola e continuou sua investida, tomando também a cidade de Messina. Pela desobediência, a campanha norte-americana na Sicília foi encurtada, mas eles ao menos mostraram que estavam melhorando a cada dia.
5. Batalha no Deserto do Sinai – Guerra do Yom Kippur (1973)
O general e ex-primeiro ministro de Israel Ariel Sharon foi um dos melhores comandantes de seu país – mesmo que muitas vezes ele não obedecesse a ordens superiores. Ele era amado por seus subordinados, que por vezes escreviam “Arik, Rei de Israel” nas laterais dos tanques de guerra.
Em 1973, o Egito e a Síria fizeram um ataque surpresa e dizimaram o exército israelense que guardava a margem leste do Canal de Suez. Sharon chegou com suas tropas no Deserto do Sinai e decidiu propor um ataque aos exércitos egípcios que tomavam conta de lá. Esses exércitos estavam divididos, por isso ele imaginou que pudesse ter sucesso na investida.
Os superiores de Sharon achavam que era loucura, já que ele estava com menor número de combatentes. Foi mandado que ele esperasse reforços, mas o general desobedeceu a ordem e conseguiu cerca todo o exército do Egito, que concordou em um cessar-fogo.